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Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 2010
um texto que eu escrevi: "Agente Duplo"
foi-me proposto escrever um texto com o título "Agente Duplo" e aqui está o resultado:

Olá! O meu nome é Real Virtual. A minha família e os meus amigos conhecem-me por Real, já para a malta dos chats e dos jogos, na Internet, sou simplesmente o Virtual. Faço de conta, ou melhor, fazia de conta que era loiro, de olhos azuis, alto e forte. Digo que fazia, uma vez que, depois de tudo o que aconteceu, deixei-me disso. Quero que conheças a minha história para que não cometas o mesmo erro que eu. O melhor é passar à minha história…
Como muitas pessoas, na internet eu tinha uma nova identidade que pode ser considerada como uma segunda vida. O problema é que nem todas as pessoas que encontramos na internet são bem-intencionadas. Devo dizer que nunca tive más intenções. Quando conhecia alguém numa rede social, num jogo ou num chat, eu era o Virtual. O Virtual existia cada vez mais, à medida que o Real desaparecia. Quando estava em casa e até nos tempos livres na escola, eu não largava o computador. Quando não me era permitido estar com o computador, como nas aulas e às refeições, usava o telemóvel que era um óptimo substituto do computador, uma vez que tinha (quase) as mesmas funções. Tornava-me distante e estava sempre distraído. Quando alguém tentava falar comigo, acabava sempre por desistir, pois eu nunca ouvia. As pessoas à minha volta iam desistindo de mim, uma a uma. Foi assim que fui perdendo amigos, família e estudos. A minha vida era a do Virtual, os meus “amigos” eram pessoas que eu nunca tinha visto, com que tinha apenas comunicado através da internet, a minha família passou a ser as diversas comunidades que se formavam na internet e assim sucessivamente. E foi assim que a conheci... Chamava-se I’zinha e jogava o mesmo jogo que eu. Acabamos por ficar amigos através da internet e falávamos muito nos chats. Muito, por assim dizer, porque nunca passava de uma hora. Eu estranhava ela estar tão pouco tempo ligada e ela admirava-se, porque quando aparecia no chat eu já estava ligado. Ela explicou-me que só ia para a internet jogar e falar com os amigos depois de fazer os trabalhos da escola e estudar. Fiquei incrédulo, surpreendido, boquiaberto... Naquele momento, parecia-me impossível conciliar as duas coisas, mas ela conseguia e além de ser uma óptima jogadora, era segundo me contara, uma boa aluna. Após dois meses de conversação online, marcamos um encontro. Quando a vi, tive uma enorme surpresa: ela era da minha turma! Quando ela viu que era eu, ficou muito desiludida, pois só me conhecia como Virtual e apesar de ser da minha turma, nunca tínhamos falado pessoalmente. Bem, não é bem assim… Ela já tinha falado para mim, tinha tentado conhecer o Real, mas eu estava demasiado ocupado a ser o Virtual… Depois daquele dia, apanhei-a muitas vezes com o olhar fixo em mim e por várias ocasiões pareceu-me que ela vinha falar comigo, mas nunca falávamos nem pessoalmente nem online. Um dia, voltei a marcar um encontro através da internet, com uma pessoa que conhecera num chat. Desta vez, era com uma rapariga de 15 anos, alta e morena. Enquanto estava à espera, recebi uma mensagem da I’zinha que dizia: “Sai daí!”. Nesse instante, virei-me para trás e vi que atrás de mim estava um homem que aparentava ter cerca de 40 anos. Recebi outra mensagem, mas ele tirou-me o telemóvel, impedindo-me de ler. Quando dei por mim, ele estava a encostar-me uma arma e a dizer que íamos dar um passeio. Agarrou-me no braço e arrastou-me dizendo que se não fosse a bem, iria a mal. Após muito me debater, consegui soltar-me e fugi, ele perseguiu-me e de repente, foi agarrado por trás e algemado. Na esquadra, ao prestar depoimento, descobri que aquele homem era suspeito de rapto, pedofilia e tráfico de crianças. Explicaram-me que eu tinha tido muita sorte porque alguém telefonara para lá. Apenas me souberam dizer que era uma voz de rapariga e perguntaram-me se eu tinha alguma ideia de quem teria sido. Respondi que tinha uma ideia de quem o poderia ter feito. O polícia, que era muito simpático, disse que eu devia agradecer a essa pessoa, pois provavelmente devia-lhe a minha vida e que, naquele momento, era melhor telefonar aos meus pais, pois eles teriam de ser informados e estava na hora de ir para casa.
O final da história, vocês já devem ter adivinhado.
Falei com a I’zinha e agradeci-lhe. Hoje, somos namorados e estamos muito felizes juntos. Uma curiosidade: somos óptimos alunos e continuamos a jogar, mas temos sempre muito cuidado com quem falamos e estamos uma hora por dia na internet.


publicado por kitty_gatinha às 20:04
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